domingo, 18 de setembro de 2011

Solidariedade ao povo catarinense

Foto: James Tavares / SECOM
A equipe e participantes do Mutirão Ecumênico, realizado nos dias 26 a 28 de agosto de 2011 em São Leopoldo/RS, solidarizam-se com o povo de Santa Catarina em vista das tragédias naturais que mais uma vez se abatem sobre o povo catarinense.
As chuvas que caíram no final de agosto e início deste mês de setembro castigaram o Estado, ocasionando enxurradas, alagamentos, enchentes e deslizamentos de terra. Milhares de pessoas ficaram desalojadas e desabrigadas e outras entraram em óbito. Os efeitos da catástrofe que mais uma vez se abate sobre Santa Catarina apresentam várias vertentes: as irreparáveis perdas humanas e os graves problemas de degradação e descaso ambiental.
A principal região atingida é o Vale do Itajaí. Muitas pessoas ficaram desabrigadas nos municípios de Blumenau, Caçador, Canelinha, Santo Amaro da Imperatriz, Agronômica, Brusque, Navegantes, Joinville, Rio dos Cedros, Rio do Sul, Itajaí, Timbó entre outros. Municípios da Grande Florianópolis e do Norte do Estado também registraram problemas. Segundo a Defesa Civil, a chuva atingiu mais de 800 mil catarinenses em 85 cidades.
Nas últimas quatro décadas, pelo menos dez desastres naturais de grandes proporções ocorreram em Santa Catarina. O desastre mais trágico ocorreu em 1974, quando o nível do Rio Tubarão, no sul catarinense, subiu mais de 10m, resultando em centenas de mortes e outros milhares de desabrigados. O segundo maior desastre natural foi registrado em 2008, quando o nível de água no Vale do Itajaí chegou a subir 11,52 m acima do nível normal.
Durante o Mutirão Ecumênico refletimos a temática “Unidos em Cristo na defesa da criação” e o lema “A criação espera com impaciência a manifestação dos filhos de Deus” (Romanos 8:19). O Padre Dejacir Pinho de Itapoá/SC esteve em São Leopoldo juntamente com dezenas de outras pessoas de Santa Catarina e observou que durante o Mutirão Ecumênico refletimos as condições do meio ambiente para agora acontecer estas coisas, “sinal que não estamos cuidando direito da ecologia, excesso de economia, e ausência de comunhão ecumênica”, de forma que a natureza, em seu limite, impõe dura rotina ao ser humano, “já que não sabemos fazer coisas mais simples, como cuidar da terra, cada palmo, em cada instante”, frisou o padre.
No entanto, no intuito de amenizar o sofrimento, mesmo as iniciativas populares, como a tentativa de montar uma Defesa Civil Comunitária Popular, esbarram no legalismo das estruturas. Sem contar dos interesses “estranhos” na aplicação de recursos financeiros nos municípios que decretam situação de emergência e estado de calamidade pública, onde por vezes as pessoas ficam muito tempo sem ver o benefício que sua calamidade exige.
Segundo Pe. Dejacir “podemos até aprender a nadar nas enchentes e sustentar os barrancos que por vezes resolvem descer sobre as nossas casas, mas jamais podemos acostumar com os descuidos, descasos e o desrespeito com a terra e as pessoas”.

Um comentário:

  1. Parabéns por esse lindo blog...
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    www.franciscanosmococa.blogspot.com
    Paz e Bem.

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